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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

MPF pede ressarcimento de R$ 15,8 mi a PMs envolvidos em greve na BA

Órgão acusa entidade de militares de atuar como sindicato em paralisação de 2012, o que é proibido pela Constituição; líder grevista preso durante o movimento também é alvo de ação
por Mateus Coutinho e Fausto Macedo
O Ministério Público Federal (MPF) na Bahia entrou com uma ação contra os líderes policiais e a associação de PMs envolvida na greve da categoria realizada em 2012 no Estado. Na ação o MPF pede a dissolução da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra) e o ressarcimento dos R$ 15,8 mi gastos pela União com o envio das Forças Armadas para o Estado durante os doze dias de paralisação.
Também são alvos da ação o diretor coordenador-geral, da Aspra, Marcos Prisco Caldas Machado e os ex-coordenadores administrativo e jurídico da entidade, Zenilton Ferreira dos Santos e Fábio da Silva Brito. O objetivo do MPF é encerrar as atividades da Aspra que, no entendimento do órgão, atuou ilegalmente como sindicato durante os protestos. A Constituição proíbe os militares de formar sindicatos e realizar greve.
Durante a greve, Marcos Prisco, que foi expulso da PM em 2002, chegou a ser preso após a imprensa divulgar gravações telefônicas feitas pela Justiça em que ele era ouvido planejando supostos atos de vandalismo em Salvador. No mesmo ano, Prisco se candidatou à Câmara de Salvador pelo PSDB e foi o quarto vereador mais votado na cidade , liderando a coligação PSDB-DEM.
Associação sindical. No entendimento do MPF, a Aspra, “a pretexto de defender os interesses de seus associados, constitui-se verdadeira entidade sindical de militares” ao deflagrar a greve geral dos servidores da PM e Bombeiros na Bahia, em janeiro de 2012. Entre as reivindicações da associação estavam a criação de plano de carreira e melhorias das condições de trabalho – pleitos característicos de um movimento sindical.
Segundo o MPF, a Aspra, por meio de seus associados, patrocinou inúmeros atos de vandalismo cometidos durante a greve, como depredação e incêndio a veículos da rede de transporte público municipal e a viaturas. O estado de insegurança gerado pelos associados fez com que as Forças Armadas fossem para a Bahia, com um efetivo de 49 militares da aeronáutica e mais de 4 mil militares do exército. Segundo o MPF, a operação custou cerca de R$ 15,8 mi, em valores atualizados.
Na ação, assinada em 19 de dezembro, o Ministério Público ainda cita a denúncia proposta pelo órgão em 2013 que relaciona a greve dos policiais militares e a pressão para a aprovação da PEC 300, que tramita no Congresso Nacional  e prevê, dentre outros, a criação de um piso para todos os policiais do País.
Foto: G1
Comento: É simples demais...como a Rede Globo fez escutas telefônicas desautorizadas, portanto ilegais, haja visto que até hoje não foi apresentado o mandado judicial, autorizando a emissora a grampear os telefones dos líderes da greve. Inclusive grampearam telefones de deputados, igualmente sem autorização. Mais um crime! Manda a conta pra Globo!

domingo, 7 de outubro de 2012

EFEITO PEC 300: Major, apoiado por PRAÇAS BM EXCLUÍDOS, É ELEITO NO RIO




 Amigos, FOI ELEITO nosso candidato a Vereador do RIO, Marcio Garcia do Sos Bombeiros, o representante dos BOMBEIROS EXCLUÍDOS por Sérgio Cabral e que lutará pelo POVO CARIOCA!!!


Agradeço a todos que nos apoiam, podem ter certeza de que faremos valer a pena o seu VOTO!!!

Comentário nosso: Com apoio dos Bombeiros Militares que foram excluídos arbitrariamente pelo governador do Rio, o major Márcio Garcia foi eleito vereador, com votação acima dos 13 mil votos. Parabéns, e torcemos para que esses guerreiros sejam reintegrados em breve.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Entrevista com CABO DACIOLO, líder dos Bombeiros do Rio

O cabo Benevenuto Daciolo está a apenas quatro dias da permanência ou expulsão do Corpo de Bombeiros em decisão que será tomada pelo comando da corporação. 

A advogada de Daciolo, Grace Martins, ao analisar as peças do processo, afirmou não encontrar provas que possam levar a um resultado punitivo contra o bombeiro. Segundo ela, apenas o trecho de uma gravação divulgada por um telejornal foi apresentado, mas sem autorização judicial. 
"Essa gravação é uma prova ilegal porque não tem autorização judicial. Nós pedimos que essa autorização fosse incluída nos autos, que a gravação fosse apresentada na íntegra, mas isso não aconteceu", disse a advogada. 
O julgamento final terá início na manhã de segunda-feira no Quartel-Central. Uma junta de oficiais dá o parecer e o comandante Sérgio Simões avaliza ou não a decisão. Nesta segunda parte da entrevista, o líder do movimento dos bombeiros lembra os dias dentro de Bangu 1, critica a política salarial do Governo do Estado, responde as acusações de ligação com o ex-governador Garotinho e afirma não ser candidato a nenhum cargo nas próximas eleições. 

POVO do Rio - As 48 horas antes do anunciado dia da greve foram de intensa movimentação do governo,mudando por mais de duas vezes a proposta de reajuste para os agentes de segurança pública.Entretanto, o último valor ainda ficou aquém do pedido pelo movimento de policiais e bombeiros.O que há de errado com a política salarial do estado? 

Cabo Benevenuto Daciolo - Nós estamos há mais de dez meses buscando um diálogo com o governador do estado do Rio de Janeiro. O salário do bombeiro no Rio de Janeiro continua o pior do país. Gratificação não é salário. O Governo do Estado bate nessa tecla: gratificação. Quando o militar se aposenta, ele perde a gratificação. No momento que você mais precisa, você não tem. Com esses aumentos que foram concedidos pelo governo, a projeção futura é que no final 2013 nós vamos ter um salário de R$1.700, enquanto em Brasília já é de R$5 mil, em Sergipe R$3.500, em Goiás R$3 mil. 


POVO do Rio - Você foi preso dentro de um avião com a esposa e a filha esperando para recebê-lo.Logo depois levado para Bangu 1. Qual foi o primeiro pensamento ao se ver dentro do presídio de segurança máxima e como foram todos os dias presos? 

Cabo Benevenuto Daciolo - Foi muito triste. Foi muito doído, doeu muito. Nós estamos em pleno século XXI, um momento de democracia e eu me senti vivendo um momento de ditadura total. Preso numa cela de 2mx2m destinada a bandidos que mataram, que cometeram atrocidades e nós, chefes de família, cidadãos de bem, que zelam pela população, que prestam serviço de socorro ao próximo, que estamos prontos para dar a vida ao próximo, de repente nos encontramos num quadro lamentável. Eu fui à Bahia buscar a paz, notifiquei a minha ida, fui com autoridades e mesmo assim fui pego dentro de um avião e jogado em Bangu 1. A família toda sofre muito. Meus filhos sofrem até hoje. Isso machuca muito. Eu chego em casa e meus filhos se agarram nas minhas pernas pedindo que eu não vá embora. A minha mãe é cardíaca e está em depressão profunda. Foi o pior momento da minha vida. Mas eu acredito muito em Deus e sei que Ele vai colocar toda a verdade e Ele vai trazer a vitória para nós, adignidade. 

POVO do Rio - Durante os 17 dias presos você acabou perdendo mais de dez quilos em razão da greve de fome. O que o levou a tomar tal atitude?
Cabo Benevenuto Daciolo - Eu estava jejuando espiritualmente para que eu pudesse ter contato com Deus. Minha fé é muito grande e eu sei que Deus vai revelar toda a verdade. Sem intenção eleitoral.

Questionado neste momento da entrevista sobre as intenções políticas do movimento, o cabo Daciolo afirma que nunca agiu pensando em candidatura e descartou pleitear um cargo nas próximas eleições. Segundo o líder dos bombeiros a única luta é "por um salário digno para a corporação".

Jornal POVO do Rio - O diretor do Sindicato da Polícia Civil (Sindpol), Francisco Chao, declarou em entrevista ao Jornal POVO do Rio que uma das razões que o levaram a deixar a greve foi quando o vídeo em que você pedia o "Fora Cabral" foi divulgado. Para ele, ficou claro que havia intenções políticas e não apenas reivindicatórias. O movimento dos bombeiros tem intenções eleitorais? 
Cabo Benevenuto Daciolo - Nós tínhamos uma assembleia marcada para o dia nove de fevereiro. Eu fui preso no dia 8. Nós nunca fomos favoráveis à greve. Isso está claro em todos os vídeos divulgados por nós. Nós queremos o diálogo com o governador. Não temos nada pessoal contra ele. A ocasião do vídeo foi um outro momento em que nós estávamos tentando o diálogo e o governador nada de conversar com a gente. O que nós queremos é dialogar e um salário digno. Eu não sou candidato a nada. Não sou candidato a prefeito. Não sou candidato a vereador. A minha busca é por dignidade da minha categoria. Só isso. Eu amo o Corpo de Bombeiros e quero um salário digno. Essa que é a verdade. 

POVO do Rio - Dentre as escutas telefônicas divulgadas, há uma conversa com o ex-governador e atual deputado federal Anthony Garotinho (PR). Não é contraditório o apoio de alguém criticado por não ter feito muito pela categoria dos bombeiros quando esteve no executivo?

Cabo Benevenuto Daciolo - Falam o tempo todo no Garotinho. Tem o Protógenes Queiroz (deputado federal do PCdoB/SP), tem o Lindbergh Farias (senador, PT/RJ), tem a Benedita da Silva (deputada federal PT/RJ), tem o Edson Santos (deputado federal, PT/RJ), tem o Paulo Ramos (deputado estadual, PDT), o Marcelo Freixo (deputado estadual, PSOL), a Clarissa Garotinho (vereadora, PR), Wagner Montes (deputado estadual, PSD). O movimento é multipartidário. Os parlamentares entendem que esse movimento é justo, é verdadeiro. A questão não é ser esse ou aquele. O Garotinho é apenas mais um dos parlamentares que apoia a causa. 
POVO do Rio - Depois de tudo o que aconteceu, cinco prisões, a última em Bangu 1, e agora a possibilidade de expulsão da corporação.Você ainda acredita que vale a pena continuar persistindo por melhores condições salariais e de trabalho 
para a corporação? 
Cabo Benevenuto Daciolo - Eu acredito muito que o governador vai visualizar que a nossa busca é verdadeira digna. É uma busca de paz. Pacífica, mansa e ordeira. O que nós não podemos aceitar, eu vou sempre frisar, é a segurança pública do jeito que está com o pior salário do país. Eu quero poder sobreviver do que eu gosto de fazer. Eu amo ser bombeiro militar. Só que eu quero viver do Corpo de Bombeiros. Eu quero dar uma boa escola para os meus filhos. Nós queremos isso com o diálogo. Como sempre foi.

Jornal POVO do Rio - Na próxima segunda 
sai a decisão sobre a sua permanência ou expulsão do Corpo de Bombeiros.Você consegue estar otimista? 

Cabo Benevenuto Daciolo - Eu não sei dizer isso agora. Eu posso dizer apenas que eu amo o Corpo de Bombeiros. Salvei muita gente nesses 13 anos de corporação. Pessoas que eu nunca mais vim a ter contato. O que eu mais quero é continuar fazendo o que eu gosto que é dedicar minha vida a ajudar as pessoas, salvar vidas, fazer o bem. 

Jornal POVO do Rio - Se a expulsão acontecer, você já pensa no dia seguinte? O que iria fazer? 

Cabo Benevenuto Daciolo - Eu não consigo pensar em nada negativo. Eu tenho que acreditar na vitória. Tenho que continuar acreditando que vou continuar fazendo o que eu amo, ajudando meus filhos. Trabalhando com dignidade.