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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Efeito PEC 300: Capitão Wagner apoiou greve da PM bate recorde de votos em Fortaleza



Capitão Wagner (PR), é o candidato a vereador mais bem votado da história de Fortaleza. Neste domingo, ele alcançou a marca de 46.665 mil votos na capital, superando o recorde anterior de Nelba Fortaleza, que em 2004 conquistou 15.562 votos. Wagner Sousa ganhou popularidade na capital cearense após encabeçar, em dezembro de 2011, uma greve de bombeiros e policiais na cidade. A paralisação foi considerada ilegal pelo Comando Geral da Polícia Militar.

O candidato liderou quase todos os sete mil policiais militares de Fortaleza. Eles paralisaram as atividades às vésperas do reveillon de 2011. Até o dia 4 de janeiro, a cidade viveu um clima de pânico. O comércio e a população do centro, de outros bairros da periferia e de áreas nobres fecharam as portas temerosos por conta de arrastões.Com a ação, os policiais conseguiram do governo, entre outros pleitos, um acordo que incorpora R$ 850 para todos policiais ativos, inativos, pensionistas, tanto da polícia militar como bombeiros militares. Mais 7% de aumento dado a servidores. O pedido de 40 horas semanais, e não mais 44 horas, também foi acatado.

A categoria conquistou ainda a anistia de todos os policiais que participaram de qualquer manifestação de greve desde o dia 1º de novembro de 2011 até o fim da paralisação. Capitão Wagner é presidente da Associação de Cabos e Soldados de Fortaleza. (terra).


Fonte: Blog do Lomeu

domingo, 7 de outubro de 2012

EFEITO PEC 300: Major, apoiado por PRAÇAS BM EXCLUÍDOS, É ELEITO NO RIO




 Amigos, FOI ELEITO nosso candidato a Vereador do RIO, Marcio Garcia do Sos Bombeiros, o representante dos BOMBEIROS EXCLUÍDOS por Sérgio Cabral e que lutará pelo POVO CARIOCA!!!


Agradeço a todos que nos apoiam, podem ter certeza de que faremos valer a pena o seu VOTO!!!

Comentário nosso: Com apoio dos Bombeiros Militares que foram excluídos arbitrariamente pelo governador do Rio, o major Márcio Garcia foi eleito vereador, com votação acima dos 13 mil votos. Parabéns, e torcemos para que esses guerreiros sejam reintegrados em breve.

domingo, 22 de julho de 2012

Da necessidade de um novo paradigma para a Segurança Pública no Brasil

INTRODUÇÃO

Não é por acaso que no imaginário popular os heróis são os policiais como os “Capitães Nascimento” (no que se refere ao primeiro filme Tropa de Elite), e que as torturas e até mesmo os assassinatos no referido filme sejam ovacionadas pela grande maioria.

Também não é por acaso que as redes de comunicação tem como grande atração programas - campeões de audiência - que sensacionalizam a violência. Mostrando perseguições em viaturas, entradas em residências e prisões, tudo ao vivo, com a narração “espetaculoza” de apresentadores que usam termos como vagabundos, chibungos, filhos do ECA, bandidagem etc.

A vitória destes programas e personagens, fictícios ou reais, é fruto da nossa derrota enquanto campo político. Temos que ter maturidade para avaliarmos qual nossa contribuição e/ou omissão neste quadro. Um reconhecimento que manifeste posicionamento crítico e político, sem dramatizações e sem dar a este fato maior ou menor importância que realmente o tenha. A óbvia relação entre omissão e efeito, causa e conseqüência.

Os partidos vistos, ou que se apresentam como partidos de esquerda (PT, PC do B, PSB, para falar dos mais antigos), não disputaram a visão de segurança pública e de polícia com a direita, da mesma forma que ainda disputam educação, saúde e desenvolvimento com os setores conversadores da nossa sociedade.

Tal omissão é que fortaleceu e ainda fortalece a visão de que bandido bom é bandido morto, que devemos ter prisão perpétua e de pena morte, que deve-se reduzir a menor idade penal, e até mesmo o posicionamento de não descriminalizar o aborto, haja vista que esta discussão – mesmo contendo posicionamentos machistas e religiosos - esta diretamente relacionada com a visão maximizadora do direito penal. Estado mínimo e direito penal máximo. 

Aliás, a história das administrações dos partidos conservadores ou programáticamente de direita, (no Brasil mais especificamente DEM, PSDB) nos demonstrou esta estreita e, para eles, quase necessária relação: quanto menos Estado, mais Direito Penal, quanto menos políticas sociais, mais repressão policial, quanto menos distribuição de renda, mais presídios e presidiários, ou seja, quanto menos Estado tivermos mais os mecanismos de repressão – direito penal e polícias – são chamados para atuarem na sua ausência.

A esquerda brasileira disputou com organização e propriedade os vários setores do mundo do trabalho, tal organização resultou na criação da Central Única dos Trabalhadores, e da própria Força Sindical, e, mais atualmente, da CONLUTAS. Cada central sindical tendo majorativamente as influências do PT, PDT e PSTU, respectivamente.

Estas centrais sindicais nasceram com o objetivo de organizar e dirigir os trabalhadores no país, influenciando – logicamente - nas políticas públicas de cada setor trabalhista, ou se preferirem, de cada profissão ou categoria de trabalhadores.

O referido campo político também disputou e disputa os grêmios estudantis, os diretórios acadêmicos, os sindicatos de professores (aqui no estado sempre sendo maioria no CPERS- Sindicato), mas, no entanto não disputaram, e não disputam com a mesma ferocidade e organização, as associações dos servidores da área de segurança pública. A omissão de uma intervenção política, conjunta e organizada neste setor foi o que tornou a direita hegemônica, pois atuava (e de certa forma ainda atua) sem concorrência. 

Acreditamos que a visão majoritária sobre segurança publica, a qual não compactuamos, tem sua maior explicação na falta de atuação conjunta e organizada dos partidos de esquerda (e/ou centro-esquerda) e dos setores mais progressistas.

Observamos um revelador e interessante debate no jornal Zero Hora entre o ex Deputado Federal do PT Marcos Rolim e o Cel. Mendes, ex Comandante da Brigada Militar do Governo de Yeda Crusius do PSDB, sobre o que seria ter vocação para ser policial. Debate este que desnuda a base teórica e ideológica nas posições antagônicas dos debatedores e que pode servir de norte para sabermos o tamanho da luta e da disputa ferrenha que temos pela frente [1] .

Há de se ter uma visão estratégica para esta área problemática e importante da sociedade brasileira. Para tal propósito é mister fazer disputas programáticas que tenham, entre outras medidas:

i- produção teórica, no sentido de pesquisas e artigos dentro e fora do mundo acadêmico;

ii- apropriação da sociedade civil e de todos os órgãos da administração pública direta e indireta, no que se refere a não “guetizar” o saber e o viver da segurança pública;

iii- e principalmente aproximação com os servidores da segurança pública, que em última análise são os administradores e executores da política de segurança pública. No sentido de formação e capacitação política, bem como colocação em espaços políticos partidários e demais estruturas, como acontece com professores, profissionais da comunicação, administradores, juristas etc.

Os candidatos de esquerda, ao executivo ou legislativo, sempre mostraram domínio em assuntos como saúde, educação, moradia, reforma agrária, desenvolvimento sustentável, no entanto, encontravam dificuldades na temática segurança pública, nada mais revelador para a compreensão do distanciamento real e equivocado deste campo político haja vista que tal fragilidade não é exclusividade de um só partido.

Neste sentido o governo Lula revolucionou o ver e o fazer a segurança pública no país. Tal mutação começou com o então Ministro da Justiça Marcio Thomas Bastos, se solidificando e aprofundando com seu sucessor, Tarso Genro.

O governo Lula é um marco pois tranformou a relação do governo federal com os governos dos Estados e do Distrito Federal e até mesmo os municípios dando uma outra abordagem hermenêutica ao artigo 144 da Constituição Federal.

A implantação dos programas como PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), UPP (Unidades de Polícias Pacificadoras), mudaram concretamente a atuação dos servidores da segurança pública, bem como, as relações entre União e Estados Membros e ainda, as estatísticas da violência e da criminalidade.

Os desafios

É necessário pautar, disputar organizadamente uma nova relação entre sociedade e Estado.

As disputas coorporativas, aliado a uma frágil militância impediram avanços nas reformulações das instituições, neste sentido - o das reformas - há uma dívida real com instituições como polícia civil e polícia militar.
Os aperfeiçoamentos institucionais feitos pela Constituição Federal de 1988 deixaram de fora - erroneamente - às polícias estaduais. Se analisarmos, mesmo que superficialmente, o que era o Ministério Público antes, e no que se transformou após a promulgação da nova e atual Constituição, veremos o quanto progrediu e o quanto acompanhou a nova visão jurídica e social estabelecida com a nova proposta de ordenamento jurídico.

No entanto, as polícias, civil e militar, ainda usam os mesmos métodos ultrapassados, ainda tem a mesma estrutura administrativa e operacional, ainda formam, com as mesmas ideologias seus quadros técnicos, de soldado a coronel, e de investigador e/ou escrivão a delegado.

Tal afirmação é confirmada num importante estudo intitulado “O que pensam os profissionais de segurança pública no Brasil” [2]. Pesquisa que foi feita com 64 mil policiais em todo o país pelo Ministério da Justiça e em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 

Com 115 páginas, o estudo mostra em números como o Policial brasileiro é despreparado, e humilhado por seus superiores, torturados nas corporações e discriminado na sociedade, Lembra Nelito Fernandes da Revista Época.

Se o diagnóstico feito pelos próprios agentes é confiável, diz Marcos Rolim, a situação que eles vivem é desalentadora:

Um em cada três policiais afirma que não entraria para a polícia caso pudesse voltar no tempo. Para muitos deles, a vida de policial traz mais lembranças ruins do que histórias de glória e heroísmo.

A pesquisa revela que 20% dos agentes de segurança afirmam terem sido torturados durante treinamento, isto é, um em cada cinco.

Além da tortura, os policiais são vítimas de assédio moral e humilhações em todos os níveis, de soldado a coronel.

Salário baixo, corrupção, assédio moral, rispidez, insensibilidade, autoritarismo e discriminação por parte da população, são as maiores queixas e preocupações dos operadores da segurança pública. Continue lendo no CARTA MAIOR

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O PODER ECONÔMICO e a representatividade dos MILITARES nas eleições

A  BANCADA MILITAR pode ser FORMADA – A polícia militar do estado do Rio de janeiro tem um efetivo de cerca de 50.000 militares. A categoria foi capaz de eleger 5 deputados na Assembléia Legislativa do Estado e 2 vereadores para a câmara do Rio, uma façanha e tanto. No congresso nacional existem oito representantes dos policiais.
    Levando em consideração o que lemos acima, que o voto do MILITAR FEDERAL é menos submisso às milionárias campanhas de marketing eleitoral, e sabendo que normalmente a esposa, filhos, alguns parentes e amigos acompanham o voto dos chefes de família, podemos crer que os militares das forças armadas poderiam eleger facilmente, somente no Rio de Janeiro, cerca de cinco de representantes, em outros estados a situação pe semelhante.
    Ressaltamos aqui que não podemos desprezar o poder político de vereadores e deputados estaduais, os mesmos têm muita influencia junto a deputados federais e senadores, e mesmo sobre as decisões do executivo federal. O processo legislativo no Brasil funciona na base do toma-La-da-cá e se os militares se empenharem no sentido de eleger representantes em esferas locais certamente em um futuro bem próximo teremos uma Bancada militar no Congresso Nacional. 
      Em quem você vai votar nas próximas eleições?
Dados de Isto É, Época, asclaras.org.br e STE. Dados das eleições de 2011. Robson A.Silva -  Continue lendo: Sociedade Militar 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Militares ja pensam em campanha nacional Anti PT


   Militares entrevistados em Copacabana na passeata pelo reajuste manifestaram enorme decepção com administração do Partido dos Trabalhadores, marcado por escândalos como Mensalão e Cachoeira. "Pensávamos que seria um governo de um homem do povo para o povo" disse um dos militares, "mas se transformou no governo dos escândalos".

Os militares das forças armadas somam mais de 600.000 entre os que estão em atividade e os que estão na reserva. Somados com seus dependentes e círculos de influência esse quantitativo pode chegar a mais de 5 Milhões de pessoas, e esse número pode, definitivamente, mudar os rumos de uma eleição. Militares estaduais também estão insatisfeitos com o governo federal, que não deixou as negociações sobre a PEC 300  prosseguirem. Uma união de militares federais e estaduais contra o PT nas urnas seria o pesadelo dos políticos vermelhos.

Os militares das forças armadas comumente são homens predominantemente de conduta ilibada, é frequente assumirem cargos de síndico em seus edifícios, diáconos em igrejas católicas e evangélicas, pastores e líderes comunitários. Homens acustumados a liderar e discursar para grandes grupos eles representam realmente um perigo em potencial para os planos do partido dos trabalhadores  e seus aliados já nas proximas eleições. Pesquisas demonstram que as Forças armadas são as instituições com maiorcredibilidade no Brasil, o que confirma que os militares brasileiros gozam de boa reputação e influência junto a sociedade.

Nos últimos meses ha frequente divergencia entre militares das forças armadas e o governo, manifesto Interclubes, abaixo assinado dos oficias e marcha virtual, são exemplos de questões surgidas ainda esse ano. Essa aparente queda de bralo entre governo e militares pode causar bastante prejuizo político ja ha curto prazo.

Em fóruns e sites frequentados por militares se houve muito "falar" dessa postura anti-pt, parece que ja ha uma articulação informal em torno dessa chamada "anti-campanha". Aqui no Revista Sociedade Militar recebemos vários e-mails sugerindo boicotar os candidatos do Partido dos Trabalhadores já nas proximas eleições.
  
Robson A.Silva (Cientista Social - UFPA/UNIFAP)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Entrevista com CABO DACIOLO, líder dos Bombeiros do Rio

O cabo Benevenuto Daciolo está a apenas quatro dias da permanência ou expulsão do Corpo de Bombeiros em decisão que será tomada pelo comando da corporação. 

A advogada de Daciolo, Grace Martins, ao analisar as peças do processo, afirmou não encontrar provas que possam levar a um resultado punitivo contra o bombeiro. Segundo ela, apenas o trecho de uma gravação divulgada por um telejornal foi apresentado, mas sem autorização judicial. 
"Essa gravação é uma prova ilegal porque não tem autorização judicial. Nós pedimos que essa autorização fosse incluída nos autos, que a gravação fosse apresentada na íntegra, mas isso não aconteceu", disse a advogada. 
O julgamento final terá início na manhã de segunda-feira no Quartel-Central. Uma junta de oficiais dá o parecer e o comandante Sérgio Simões avaliza ou não a decisão. Nesta segunda parte da entrevista, o líder do movimento dos bombeiros lembra os dias dentro de Bangu 1, critica a política salarial do Governo do Estado, responde as acusações de ligação com o ex-governador Garotinho e afirma não ser candidato a nenhum cargo nas próximas eleições. 

POVO do Rio - As 48 horas antes do anunciado dia da greve foram de intensa movimentação do governo,mudando por mais de duas vezes a proposta de reajuste para os agentes de segurança pública.Entretanto, o último valor ainda ficou aquém do pedido pelo movimento de policiais e bombeiros.O que há de errado com a política salarial do estado? 

Cabo Benevenuto Daciolo - Nós estamos há mais de dez meses buscando um diálogo com o governador do estado do Rio de Janeiro. O salário do bombeiro no Rio de Janeiro continua o pior do país. Gratificação não é salário. O Governo do Estado bate nessa tecla: gratificação. Quando o militar se aposenta, ele perde a gratificação. No momento que você mais precisa, você não tem. Com esses aumentos que foram concedidos pelo governo, a projeção futura é que no final 2013 nós vamos ter um salário de R$1.700, enquanto em Brasília já é de R$5 mil, em Sergipe R$3.500, em Goiás R$3 mil. 


POVO do Rio - Você foi preso dentro de um avião com a esposa e a filha esperando para recebê-lo.Logo depois levado para Bangu 1. Qual foi o primeiro pensamento ao se ver dentro do presídio de segurança máxima e como foram todos os dias presos? 

Cabo Benevenuto Daciolo - Foi muito triste. Foi muito doído, doeu muito. Nós estamos em pleno século XXI, um momento de democracia e eu me senti vivendo um momento de ditadura total. Preso numa cela de 2mx2m destinada a bandidos que mataram, que cometeram atrocidades e nós, chefes de família, cidadãos de bem, que zelam pela população, que prestam serviço de socorro ao próximo, que estamos prontos para dar a vida ao próximo, de repente nos encontramos num quadro lamentável. Eu fui à Bahia buscar a paz, notifiquei a minha ida, fui com autoridades e mesmo assim fui pego dentro de um avião e jogado em Bangu 1. A família toda sofre muito. Meus filhos sofrem até hoje. Isso machuca muito. Eu chego em casa e meus filhos se agarram nas minhas pernas pedindo que eu não vá embora. A minha mãe é cardíaca e está em depressão profunda. Foi o pior momento da minha vida. Mas eu acredito muito em Deus e sei que Ele vai colocar toda a verdade e Ele vai trazer a vitória para nós, adignidade. 

POVO do Rio - Durante os 17 dias presos você acabou perdendo mais de dez quilos em razão da greve de fome. O que o levou a tomar tal atitude?
Cabo Benevenuto Daciolo - Eu estava jejuando espiritualmente para que eu pudesse ter contato com Deus. Minha fé é muito grande e eu sei que Deus vai revelar toda a verdade. Sem intenção eleitoral.

Questionado neste momento da entrevista sobre as intenções políticas do movimento, o cabo Daciolo afirma que nunca agiu pensando em candidatura e descartou pleitear um cargo nas próximas eleições. Segundo o líder dos bombeiros a única luta é "por um salário digno para a corporação".

Jornal POVO do Rio - O diretor do Sindicato da Polícia Civil (Sindpol), Francisco Chao, declarou em entrevista ao Jornal POVO do Rio que uma das razões que o levaram a deixar a greve foi quando o vídeo em que você pedia o "Fora Cabral" foi divulgado. Para ele, ficou claro que havia intenções políticas e não apenas reivindicatórias. O movimento dos bombeiros tem intenções eleitorais? 
Cabo Benevenuto Daciolo - Nós tínhamos uma assembleia marcada para o dia nove de fevereiro. Eu fui preso no dia 8. Nós nunca fomos favoráveis à greve. Isso está claro em todos os vídeos divulgados por nós. Nós queremos o diálogo com o governador. Não temos nada pessoal contra ele. A ocasião do vídeo foi um outro momento em que nós estávamos tentando o diálogo e o governador nada de conversar com a gente. O que nós queremos é dialogar e um salário digno. Eu não sou candidato a nada. Não sou candidato a prefeito. Não sou candidato a vereador. A minha busca é por dignidade da minha categoria. Só isso. Eu amo o Corpo de Bombeiros e quero um salário digno. Essa que é a verdade. 

POVO do Rio - Dentre as escutas telefônicas divulgadas, há uma conversa com o ex-governador e atual deputado federal Anthony Garotinho (PR). Não é contraditório o apoio de alguém criticado por não ter feito muito pela categoria dos bombeiros quando esteve no executivo?

Cabo Benevenuto Daciolo - Falam o tempo todo no Garotinho. Tem o Protógenes Queiroz (deputado federal do PCdoB/SP), tem o Lindbergh Farias (senador, PT/RJ), tem a Benedita da Silva (deputada federal PT/RJ), tem o Edson Santos (deputado federal, PT/RJ), tem o Paulo Ramos (deputado estadual, PDT), o Marcelo Freixo (deputado estadual, PSOL), a Clarissa Garotinho (vereadora, PR), Wagner Montes (deputado estadual, PSD). O movimento é multipartidário. Os parlamentares entendem que esse movimento é justo, é verdadeiro. A questão não é ser esse ou aquele. O Garotinho é apenas mais um dos parlamentares que apoia a causa. 
POVO do Rio - Depois de tudo o que aconteceu, cinco prisões, a última em Bangu 1, e agora a possibilidade de expulsão da corporação.Você ainda acredita que vale a pena continuar persistindo por melhores condições salariais e de trabalho 
para a corporação? 
Cabo Benevenuto Daciolo - Eu acredito muito que o governador vai visualizar que a nossa busca é verdadeira digna. É uma busca de paz. Pacífica, mansa e ordeira. O que nós não podemos aceitar, eu vou sempre frisar, é a segurança pública do jeito que está com o pior salário do país. Eu quero poder sobreviver do que eu gosto de fazer. Eu amo ser bombeiro militar. Só que eu quero viver do Corpo de Bombeiros. Eu quero dar uma boa escola para os meus filhos. Nós queremos isso com o diálogo. Como sempre foi.

Jornal POVO do Rio - Na próxima segunda 
sai a decisão sobre a sua permanência ou expulsão do Corpo de Bombeiros.Você consegue estar otimista? 

Cabo Benevenuto Daciolo - Eu não sei dizer isso agora. Eu posso dizer apenas que eu amo o Corpo de Bombeiros. Salvei muita gente nesses 13 anos de corporação. Pessoas que eu nunca mais vim a ter contato. O que eu mais quero é continuar fazendo o que eu gosto que é dedicar minha vida a ajudar as pessoas, salvar vidas, fazer o bem. 

Jornal POVO do Rio - Se a expulsão acontecer, você já pensa no dia seguinte? O que iria fazer? 

Cabo Benevenuto Daciolo - Eu não consigo pensar em nada negativo. Eu tenho que acreditar na vitória. Tenho que continuar acreditando que vou continuar fazendo o que eu amo, ajudando meus filhos. Trabalhando com dignidade.