Defensoria entra com ação cobrando água para presos do presídio de AL

Após a apresentação de denúncias de mulheres de presos do sistema prisional do Agreste alagoano, a Defensoria Pública do Estado de Alagoas, através do seu órgão de atuação em Arapiraca, impetrou uma ação civil pública pedindo que o juiz lotado na vara de execuções penais da região determine a imediata regularização do fornecimento de água aos 720 presos que se encontram no recém-inaugurado Presídio do Agreste, localizado no município de Girau do Ponciano.
Na ação, proposta na terça-feira (14), a Defensoria ainda pede que o Judiciário proíba, provisoriamente, a entrada de novos presos na unidade, até que o fornecimento de água seja normalizado no local. O pedido feito pela Defensoria Pública ocorre em razão do fornecimento de água do presídio estar sendo feito de forma racionada. Cada cela, com oito presos, estaria recebendo água durante dez minutos a cada hora, o que é insuficiente para a higiene dos presos, como banho, uso de sanitário e limpeza da cela, além do próprio consumo.
O autor da ação, o defensor público André Chalub, também pediu para que o repasse de água seja ofertado de forma que atinja, ao menos, trinta minutos a cada hora, por cela. “Como o problema está na instalação hidráulica, os poços artesianos não estão repassando as águas para as celas”, explicou o defensor, ressaltando que atualmente o fornecimento de água esta sendo feito através de carros-pipas, pois o sistema de poços artesianos construídos no presídio não está funcionando.
Além da normalização do fornecimento da água, o defensor público pede para que estes caminhões que repassam o líquido aos reeducandos sejam inspecionados pela Vigilância Sanitária como forma de saber se os veículos estão aptos a transportarem o produto sem que atinja a saúde dos presos. “A Vigilância Sanitária deve verificar a origem da água fornecida pelos carros-pipas, a salubridade e higiene destes tanques e se eles são regulares e não provenientes de postos de combustíveis”, disse o defensor. Continue lendo G1 Alagoas
Comento: É por essas e outras que "cabeças rolam" nos presídios brasileiros. E depois sobra para quem trabalha lá, ou seja, policiais militares, agentes penitenciários, sócio-educativos.